O declive da desinformação está a ficar mais acentuado. E quando a política está à mistura, é como lançar achas para a fogueira. Embora me sinta encorajado pelo facto de muitas pessoas estarem a adaptar-se e a aprender a contestar o que lêem e ouvem, acredito que esta é uma luta em que nós, na indústria da comunicação, temos de permanecer sempre diligentes.
Chamemos-lhe o que são – notícias falsas. As notícias falsas assumem muitas formas: desde erros honestos, num extremo, até ao engano total, no outro. Existem muitas ferramentas disponíveis para ajudar a investigar se algo é verdadeiro ou não. Veja as campanhas “Doubt It” e “Keep Truth Well” da Canadian Journalism Foundation. Estas demonstram como nos podemos proteger com alguns passos simples.
Primeiro, considere a fonte da informação. Será que a pessoa ou organização tem algum interesse em que acredite que é verdade? Em seguida, analise as qualificações e os conhecimentos especializados da fonte. Por exemplo, um epidemiologista com formação numa universidade ou hospital acreditado tem provavelmente uma opinião mais informada sobre questões como a saúde pública do que alguém que está a tentar ganhar ou ocupar um cargo político.
Em segundo lugar, desafie-se a consumir notícias de uma variedade de fontes, e não apenas dos meios de comunicação que parecem corresponder às suas opiniões. Isto ajudá-lo-á a fazer melhores perguntas e a desenvolver o seu pensamento.
E terceiro – isto é o mais importante – pense mais antes de partilhar. O website Doubt It também tem ligações para ferramentas que permitem verificar se o conteúdo em questão foi desmentido, ou se as imagens utilizadas são de facto legítimas ou mesmo relacionadas com a questão apresentada.
É importante continuar a desafiar. Aqueles que procuram espalhar a desinformação estão a contar connosco – pessoas comuns – para legitimar as suas agendas, tornando-se canais para novos públicos.
Ouça o episódio completo do podcast PRGN Presents, que aprofunda o tema e o que os profissionais de relações públicas podem fazer para continuar a lutar.
Este artigo é da autoria de David Wills, da Media Profile, e foi originalmente publicado na PRGN.
