Numa indústria como a da moda, os efeitos do zeitgeist e das constantes mudanças dos gostos e preferências dos consumidores fazem-se sentir de forma intensa e imediata. Basta uma nova trend no TikTok surgir ou uma celebridade aparecer com uma peça de roupa de uma marca acessível, para os vermos movimentarem-se em massa nesse sentido. E como amplamente se sabe, se existe algo que a inteligência artificial consegue fazer com extrema eficácia é analisar uma grande quantidade de dados em pouco tempo. Neste sentido, e respondendo logo à questão do título, sim, ela pode ser uma boa aliada do meio. Não só porque consegue fazer este estudo, mas porque, por consequência, permite ajudar a identificar uma série de pontos importantes para o sector.
Um dos primeiros aspectos no qual pode ser utilizada, é na previsão de tendências. Como já referimos, a I.A. é capaz de colectar e analisar grandes quantidades de dados em tempo real. Isso pode ser útil para as insígnias de moda, pois podem usar essas informações para identificar tendências e preferências dos consumidores. Por exemplo, ela pode analisar os dados de vendas, o feedback dos cliente e até mesmo as redes sociais para identificar quais são os produtos que estão ter mais sucesso. Com essas informações, as etiquetas podem aprimorar o design de seus produtos e antecipar as tendências para o próximo ano. Contudo — e é importante fazer esta ressalva — a inteligência artificial não consegue desenvolver nenhuma tendência nova, uma vez que a criatividade é uma característica humana.
Outro aspecto no qual pode ter um impacto positivo é na personalização da experiência do cliente. A I.A. pode analisar o histórico de compras e o comportamento do consumidor para recomendar produtos que se adaptem melhor às suas preferências. Além disso, com estes dados, as marcas podem também criar roupas por medida que atendam às preferências individuais de cada um. E ainda neste tema da relação com os consumidores, a inteligência artificial pode também servir para automatizar e melhorar o apoio ao cliente. Para isso, basta recorrer a chatbots que podem responder a perguntas frequentes e fornecer assistência em tempo real — ainda que todos saibamos que nem sempre são o mais eficientes.
Quem não se lembra de, há provavelmente 10 anos, ou talvez um pouco mais, surgir nas redes sociais um vídeo de alguém a usar um espelho para experimentar roupa virtualmente. Passada mais de uma década, esse clipe que até então não passava de uma mera ilusão criada em computador, tornou-se numa realidade através de espelhos inteligentes onde pode testar peças de vestuário. Claro que nem todos vão se sentir confortável em estar num provador com uma câmara apontada para si, mas que é uma possibilidade, é.
Uma vez que a questão da sustentabilidade é um tema tão caro à indústria da moda, usar a I.A. para otimizar a cadeia de fornecimento das lojas pode ser uma boa medida. Como? Prevendo a procura e, por consequência, melhorando o fabrico em tempo real. Isto pode ajudar as marcas a evitarem o excesso de produção e reduzir o desperdício. Este efeito poderia ditar o fim das épocas de saldos — que tão querida é entre os consumidores —, contudo, quer nos parecer que a ideia de ter um planeta mais saudável é mais importante do que comprar uma t-shirt com um desconto de 5€.
Em suma, a I.A. pode ser uma grande ajuda para as marcas de moda, pois pode melhorar a eficiência operacional, aumentar a personalização para o cliente, melhorar a experiência geral de compra e otimizar a cadeia de fornecimento. As marcas que optaram e optem por investir em I.A. estarão numa posição melhor para se adaptarem às mudanças no mercado e atender às necessidades dos seus clientes.
Neste artigo quisemos explorar ao máximo as funcionalidades da Inteligência artificial, por isso, o texto e imagens que acabou de ler e ver, foram co-criados com I.A.
