O Estado do Marketing de Influência

O Estado do Marketing de Influência

Impulsionado pelo poder das redes sociais e do conteúdo gerado pelos influenciadores digitais, assistimos a um crescimento significativo do Marketing de Influência. A prática não apresenta sinais de abrandamento. De acordo com o Influencer Marketing Hub, a o mercado deverá atingir os 21 mil milhões de dólares (cerca de 19 mil milhões de euros), este ano, estabelecendo um valor recorde.

Para entendermos o futuro do marketing de influência, é importante analisar o presente e as mudanças que estão a ocorrer no mercado. Atualmente este segmento desempenha um papel fundamental em estratégias de comunicação integrada. Não só porque impulsiona o alcance e a visibilidade da marca, mas sobretudo, porque é uma forma eficaz de estabelecer uma relação genuína com o público-alvo.

Em 2023, uma das principais tendências verificadas foi uma crescente valorização por parte dos consumidores, da transparência e autenticidade. Além disso, assistimos também a uma mudança de perspetiva acerca dos influenciadores, ou criadores de conteúdo. Estes já não são apenas considerados promotores de uma marca, agora assumem um papel preponderante enquanto storytellers e, até, diretores criativos.

Graças ao seu know-how de redes sociais, os criadores adquiriram um novo estatuto e têm agora maior controlo sobre o seu trabalho. Algumas empresas começaram até a contratar oficialmente influenciadores como parte das suas equipas de marketing. Um bom exemplo disso, é Too Faced que no início de 2023 contratou a estrela do Tik Tok Sara Echeagaray, como a primeira diretora criativa da marca in-house.

Uma outra tendência que se revelou importante foi a crescente procura por micro-influenciadores. Ao invés de investir em influenciadores com milhões de seguidores, as marcas mostram-se cada vez mais interessadas em criadores de conteúdos que possuam um público mais segmentado e ativo. O motivo é a capacidade de criar um impacto mais significativo e direcionado para determinados segmentos de mercado.

Neste sentido deu-se uma evolução nas métricas de avaliação de influenciadores. Até recentemente, as marcas analisavam o número de seguidores e o engagement dos influenciadores para determinar a sua relevância. No entanto, em 2023, as marcas começaram a procurar métricas mais qualitativas como a autenticidade do influenciador, a qualidade do conteúdo produzido e a capacidade de gerar conversões. Estas métricas mais aprofundadas permitiram às marcas fazerem escolhas mais estratégicas na hora de escolher os influenciadores.

O futuro do marketing de influência é promissor. As marcas que souberem aproveitar essa estratégia de forma inteligente e estratégica certamente terão destaque no mercado. É importante estar atento às tendências e perspetivas futuras, para se adaptar e se destacar nesse cenário em constante evolução.

Os Destaques do Ano

  1. O Tik Tok e o Instagram continuam a ser as principais redes sociais para desenvolver ações de marketing de influência;
  2. As marcas preferem estabelecer relações duradouras com os criadores, ao invés de ter múltiplos speakers em campanhas esporádicas;
  3. Os micro-influenciadores são cada vez mais procurados pelo seu potencial de engagement;
  4. Há uma crescente valorização da autenticidade e transparência, o que reforça a importância de construir uma relação genuína com os consumidores através dos influenciadores;
  5. O User Generated Content é um dos principais objetivos pelos quais as marcas investem no marketing de influência;
  6. As ferramentas de Inteligência Artificial tornaram-se um recurso para desenvolver campanhas de Marketing de Influência;
  7. Os influenciadores são integrados na comunicação das marcas enquanto embaixadores das mesmas, e assumem um maior controlo criativo sobre os conteúdos que desenvolvem;
  8. O conteúdo em formato de vídeo domina as redes sociais;
  9. A diversidade e a representatividade são tendências fortes a ter em conta, num ano em que 60% dos influenciadores admitiram ser vítimas de algum tipo de discriminação. (Influencer Marketing Hub)
  10. O ano do “De-Influencing”. A tendência surgiu no TikTok com os criadores de conteúdo a mostrarem aquilo que não aconselham a comprar, ao invés do contrário.


Entre milhões de influenciadores, as marcas e os seus profissionais devem ter em mente alguns aspetos importantes antes de iniciar uma parceria. No artigo – Como Escolher os Influenciadores Certos Para a Sua Marca – reunimos os cinco passos para escolher os influenciadores certos.

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