Como são os consumidores de 2022?

Como são os consumidores de 2022?

Os problemas nas cadeias de produção, a inflação, a guerra na Ucrânia, e (especialmente) a crise pandémica vieram potencializar o processo de transformação dos hábitos de compra da população. De acordo com um estudo realizado mundialmente pela PWC, publicado em junho de 2022, existem cinco fatores que influenciam os consumidores (online e offline): o aumento dos preços; a falta de stock; o aumento dos tempos de entrega (mais longos do que haviam sido garantido); falta de diversidade de produtos em loja; e a demora nas filas de pagamento.

Estes elementos, a par da pandemia, aceleraram a migração para o espaço digital. Segundo a SIBS Analytics, as vendas online em Portugal aumentaram em 37% entre 2020 e 2021. O mesmo dado é confirmado pelo Boston Consulting Group, onde 38% dos inquiridos revelou ter comprado mais online em 2021 do que em 2020. Já quando trazemos esta análise para 2022, de acordo com a informação recolhida pela PWC, 60% dos participantes da análise revelou ter comprado mais este ano do que no anterior. E os números prometem não ficar por aqui. Num levantamento sobre os hábitos de consumo nacionais realizado pela Klarna, 47% das pessoas afirmaram querer passar a comprar mais em 2023.

Estas mudanças não afetam de forma transversal todos os setores de mercado, mas, abrem uma série de oportunidades a vários negócios. É preciso, no entanto, ter em atenção como os põe em prática, pois tal como aponta a Klarna no seu estudo, 79% dos consumidores consideram que as qualidades dos serviços precisam ser melhoradas.

A comodidade e a possibilidade de comparar preços online, são alguns dos pontos que levam as pessoas a recorrer ao mundo digital. Mas isso não significa que deixem os espaços físicos. Na realidade cerca de um terço das pessoas (36%) afirmou à PWC que pretender comprar mais em lojas físicas, preferencialmente em comércio local. Já 30% diz que o seu objetivo é apostar mais em negócios independentes.   

As mudanças nos hábitos dos consumidores não se ficam apenas pela forma como compram. Aparentemente, os efeitos da pandemia e dos hábitos ganhos durante as quarentenas parecem continuar a fazer-se notar, com 46% dos inquiridos a revelar que pretende aumentar a frequência com que cozinham em casa. O fator saúde e bem-estar parece também ter se tornado mais relevante, com 41% a afirmar que pretende aumentar a frequência com que fazem atividades recreativas.

A origem dos produtos que utilizam diariamente e o impacto ambiental causado pela sua produção passou também a ser uma preocupação, fazendo com que 42% queira apostar mais em consumir algo de origem local, pois acreditam ter melhor qualidade. Dentro deste grupo, são os millennials e os Gen Z que se mostram como os mais consternados com estas questões. Cerca de 50% afirmou que os fatores ambientais, sociais, e de gestão das empresas influenciam a credibilidade que tem na empresa, o ato de compra, e se a recomendariam ou não a outras pessoas.

Partilhar

I want to KNOW + ABOUT Global.

Subscribe our Newsletter