Boomers, Geração Z, Millennials… muitas são as nomenclaturas criadas ao longo dos anos para agregar pessoas em grupos geracionais. Falar do mundo online sem falar da Gen Z seria praticamente impossível. Conhecem os cantos da casa como nenhum outro e vivem nela horas a fio — mais concretamente cerca de 3 a 4h de acordo com o estudo desenvolvido pela Pro Morning Consultant. Isto acontece não só por lazer, mas também porque é o espaço onde se expressam, conectam com os seus pares e partilham informações entre si. Algo que promete não se alterar, tal como aponta a pesquisa do Sprout Social, onde 41% das pessoas deste grupo afirmam que, este ano, pretendem passar mais tempo conectados.
O grupo exerce uma forte influência na forma como as redes sociais se constroem e os seus algoritmos se vão desenvolvendo. Seria expectável que esta decisão passasse única e exclusivamente pelos grandes grupos/empresas de tecnologia, mas não. Afinal de contas o seu objetivo é garantir que satisfazem as vontades dos consumidores, e isso implica adaptação.
Tendo isto em consideração, uma das questões que muito provavelmente poderá surgir é: “Então quais são os interesses deste grupo?” A resposta não é simples. Não por ter diversos contornos ou umas quantas armadilhas de retórica, mas por ser ampla e variada.
Deixando de parte as múltiplas tendências geradas pelo zeitgeist, existem tópicos que são de particular interesse da geração. Numa investigação partilhada pela Deloitte em 2023 — que agrega dados sobre Millennials e Gen Z — uma série de tópicos são evidenciados como fulcrais para o grupo. A crise climática é uma das suas maiores preocupações, afetando não só a sua saúde mental e os planos que fazem a longo prazo, como os hábitos de consumo. 59% dos inquiridos a afirmarem estar disponíveis para pagar mais por produtos sustentáveis. Outro tópico bastante importante é a saúde mental, com 46% dos inquiridos afirmam sentir-se ansiosos sempre ou a grande maioria do tempo.
Aquilo que tem como princípios são muito importantes para a Geração Z. Isto afeta desde as escolhas profissionais até à forma como consumem. As evidências estão plasmadas no estudo desenvolvido pela Klarna sobre o panorama nacional, que nos mostra de forma bem clara como o grupo compra. De acordo com os dados obtidos, apesar de continuarem a comprar mais em loja, 52% dos inquiridos afirmou que, se tivesse de optar, escolheria comprar exclusivamente online. Ainda segundo o mesmo, cada 2 em 5 dos compradores começa a sua jornada nas redes sociais, por influência de criadores de conteúdos, marcas e lojas de roupa.
Ainda no estudo 2023 Gen Z & Millennials Survey é possível verificar que 87% as redes são usadas para estarem a par das notícias. A esta informação acrescenta-se o dado de que 63% limita pontualmente a sua exposição ao constante fluxo de informação para proteger a sua saúde mental.
