Bairro Alto Hotel Restaurante: produtos portugueses e técnicas japonesas

Bairro Alto Hotel Restaurante: produtos portugueses e técnicas japonesas

A cozinha aberta para a sala, separada apenas por um balcão de mármore, reflecte o conceito do BAHR: nada há a esconder. Longe de ter um ar industrial, é palco das criações assinadas por Bruno Rocha, chef executivo do Bairro Alto Hotel, que têm por base produtos locais e sazonais.

Com um ambiente moderno e informal, o restaurante que ocupa o quinto piso do primeiro boutique hotel de 5 estrelas da capital aposta em diferentes momentos gastronómicos: do menu all day dining ao “menu de mercado” disponível ao almoço aos dias de semana.

Há ainda espaço e oportunidade para momentos de brunch. Na nova carta encontra-se uma grande selecção de pão, com destaque para o pão de banana da ilha da Madeira, de fruta e granola, mas também no que aos ovos diz respeito: dos benedict aos florentinos e aos rotos de camarão e alho francês assado. Snacks, saladas e sandes ajudam a compor o menu, que goza ainda de alguns pratos principais, como o arroz de carabineiros. No entanto, é ao jantar que se vive a verdadeira experiência do BAHR, que tem agora uma nova carta e verão.

Batata crocante com molho Char Siu, nos “Snacks”, ceviche de robalo, agrião e nectarina, nas “Entradas”, e ainda bife de tomate-de-Verão, broa de milho, funcho e molho vegetal ou massada de tamboril – lombo de tamboril, orzo e molho de cataplana, nos “Pratos Principais”, são alguns dos exemplos do que é servido à mesa. A carta das “Sobremesas”, da qual é exemplo a proposta com morangos, sorbet de tomate, gelado de iogurte & pólen de funcho, é desenvolvida em conjunto com Maria Ramos, a chef pasteleira do hotel.

A apresentação dos pratos é minimalista e até monocromática. E se os produtos são essencialmente portugueses, as técnicas japonesas resultam das várias viagens gastronómicas feitas pelo chef. Os pequenos produtores são uma preferência da casa e não são exclusivos do BAHR, com a sua filosofia a estender-se a todos os espaços do boutique hotel.

A carta de vinhos, escolhida a dedo pelos dois sommeliers de serviço (David Rosa e Vasilii Grebencea), contempla propostas com pouca intervenção e outras mais clássicas, assinalando uma viagem pelas diferentes regiões do país e piscando o olho ao que de melhor é feito além-fronteiras. Entre espumantes e champanhes, vinhos tranquilos e fortificados contam-se mais de 100 referências.

A sustentabilidade e a pegada ecológica estão em evidência no BAHR que foi pensado ao mais ínfimo detalhe durante dois anos. À mesa, a primazia por marcas portuguesas é clara: Cutipol, Studio Neves e Costa Nova são alguns exemplos. O estilo do BAHR é contemporâneo, informal e elegante, com o latão, o mármore, a madeira escura e o cimento a fazerem parte dessa atmosfera. O mobiliário é de design – dos bancos de Valentin Loellmann às cadeiras do designer brasileiro Jader Almeida ou as em pele da dinamarquesa Carl Hansen & Son.

Situado no quinto andar, o BAHR presta homenagem aos artistas que marcaram a cidade de Lisboa no século XIX. A decoração disruptiva em relação aos restantes espaços do hotel leva a assinatura do thestudio, responsável também pelas várias instalações presentes no espaço, incluindo a que se encontra à entrada e que procura concentrar a essência do Bairro Alto através de objectos variados. O alambique e o copo de vinho de grandes proporções ajudam no tributo a este manifesto boémio. Também os livros expostos representam os poetas que a cidade já recebeu, existindo uma referência aos ofícios, incluindo a figura tradicional do engraxador. À instalação junta-se, mais adiante, a janela oval que abraça o rio Tejo, ali tão perto, e ainda o longo bar de 14 metros feito em madeira maciça retirada de um único tronco.

Já o terraço foi recentemente redecorado com o cunho do Atelier Bastir, que trabalha com o Bairro Alto Hotel desde 2006. Este é o local perfeito para relaxar e aproveitar o pôr-do-sol (tem uma carta própria composta por refeições ligeiras), e para ficar a ouvir o DJ Set que de quinta à sábado, das 19h às 00h, anima as noites de Lisboa.  

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