Uma bifana que é muito mais do que uma bifana: a carne de porco preto habilmente trabalhada é servida em foccacia de massa mãe e acompanhada com uma nesga de maionese de camarão. Esta é apenas uma das muitas propostas que constam na nova carta do 18.68 Cocktail Bar, que ocupa as instalações originais do quartel de bombeiros voluntários mais antigo do país, estabelecido em 1868.
Virado para o Largo Barão de Quintela, neste bar eclético a mixologia é rainha: os cocktails de autor juntam-se àqueles mais clássicos e são concebidos à vista de todos por uma equipa experiente que mistura ingredientes singulares e prepara soluções cheias de carácter. Tiago Santos está responsável pelo bar, enquanto o chef Bruno Rocha assina as criações gastronómicas que chegam à mesa. Desde o primeiro dia do ano que o 18.68 Cocktail Bar tem um novo horário ao qual acresce mais um dia de funcionamento, estando agora de portas abertas de terça a sábado. A nova carta volta a ser mostruário da fusão de técnicas do chef Bruno Rocha: do shabu-shabu de gambas e umeboshi ao folhado de cogumelos japoneses e cacau. Da carta completa em petiscos contemporâneos com base em raw food fazem parte as cenouras à algarvia, quinoa e pizza naan, o xerém de bacalhau fresco e percebes e ainda a barriga de atum, óleo de manjericão e torresmos.
E porque os clássicos são indispensáveis, os vencedores rissóis de carabineiro e tartelete de leitão à Bairrada permanecem como opções por temporadas indeterminadas.
Os Cocktails
Os cocktails feitos na hora continuam a distribuir-se por três categorias: “Maçaricos”, ideais para servir de arranque à noite, “Sotas”, em harmonização com a comida, e ainda os que figuram como “Rescaldo”, desenhados para terminar a experiência. À exceção daqueles considerados clássicos – Old Cuban, Madeira Cobbler e Sazerax -, nenhum cocktail tem nome, apenas números associados. O cocktail número 2, por exemplo, é integralmente inspirado na cereja do Fundão e, por isso, frutado na sua essência. Para a sua criação foi utilizado por completo o produto no pico da sazonalidade – a cereja foi preservada e conservada em vários espirituosos, incluindo vodka e vermute, e através de vários métodos. É a cereja no topo do cocktail. O cocktail número 19 evidencia as características dos destilados não-alcoólicos, resultando numa bebida equilibrada, refrescante e deliciosa. É curto, floral e doce. Já o cocktail número 10 pretende dotar a carta de sabores mais complexos e de maior intensidade, trazendo consigo a dualidade da frescura e do picante conferidos pelo gengibre que casam na perfeição com as notas apimentadas e salinas da tequila
A par das bebidas da casa, os vinhos naturais e as raridades espirituosas e licorosas continuam a adornar o cardápio deste bar histórico, inserido entre dois bairros emblemáticos de Lisboa e com morada fixa no coração da cidade de traça maioritariamente pombalina